O post de hoje vai ser um pouco mais pessoal do que de costume. Isso porque ele é meio que o meu ponto de vista sobre essa nova fase da minha vida que se inicia a partir de agora. E para entrar no clima, aqui fica minha sugestão de trilha sonora. 🙂
Se você já me conhece pessoalmente e acompanha minha trajetória, provavelmente nada do que eu contar aqui vai te surpreender. Mas pra quem não me conhece tão a fundo, vou tentar explicar um pouquinho da forma como eu encaro a vida e, consequentemente, como isso se reflete na minha carreira. <- Não que eu tenha pretensão de ser coaching nem nada disso, é meio que um desabafo a título de curiosidade mesmo.
A princípio preciso dizer que tenho um perfil hiperativo – ou ligado nos 220v como a maioria costuma dizer. Além disso eu também sou muito curiosa. Muito mesmo. Esses dois traços combinados resultam em algo que deixa muita gente intrigada, que é o fato de eu AMAR me reinventar o tempo todo. Eu sou o tipo de pessoa que, quando as coisas começam a entrar em um modo muito easy-going – que costumo chamar de piloto automático – me incomodo num grau que gera uma inquietude absurda. Por mais clichê que possa parecer, eu sou o tipo de pessoa que tem PAVOR de entrar na zona de conforto.
Sempre gostei muito de aprender, de investigar e analisar as coisas de diversos pontos de vista. Parte do meu perfil se explica com todas as experiências diferenciadas que tive na infância. E a outra parte com meus assuntos de interesse – eu sou o tipo de pessoa que lê livros de filosofia, design, finanças, administração, empreendedorismo, liderança, quadrinhos, mangás, romance e até mesmo ficção científica. O fato é: por gostar da diversidade, eu não gosto de me restringir. Muito pelo contrário, na verdade o que mais me encanta é poder usar os conhecimentos que adquiri ao longo da minha vida, aplicados a projetos distintos para atingir um determinado propósito.
Ai, Ju: mas o que isso tudo tem a ver com a sua carreira? Bom, toda essa minha inquietude e vontade de aprender sempre me conduziu a vivenciar experiências distintas, porque eu sempre me jogo de cabeça. Usando uma metáfora bem simples, basicamente eu não consigo me saciar apenas colocando os pés na água: pra mim a vida consiste em um mergulho.
Pra quem não me conhece, vou resumir de forma breve a minha jornada profissional. Grosso modo, eu sou rata de internet desde os 10 anos – afinal, sempre curti jogar on-line. Curiosa como sou, já dá pra imaginar que a internet me encantava, né? Eu fuçava em sites, vivia criando blogs e flogs, amava programas de edição (minhas criações, nem tanto), ripava programas de TV e tudo mais. Comecei minha carreira oficialmente como web designer em 2009, acabei me aventurando em front pra ajudar uns amigos, fiz alguns cursos de SEO, apliquei o que aprendi em alguns projetos e, sem pretensões, criei uma campanha de social media que no fim definiu minha especialização. Foi então que resolvi levar redes sociais a sério e me joguei nesse mercado para descobri-lo. Escrevi para diversas marcas, fiz monitoramento, criei análises, planejamentos, campanhas e até pesquisas de mercado. Depois de 8 anos atuando nesse meio, resolvi ser atendimento. Pois é, esse é o momento em que todo mundo fica “WHAT?”.
Eu até já escrevi um texto sobre meu primeiro ano como atendimento aqui no blog – e atuar nessa área foi, sem dúvida, um dos momentos mais importantes da minha jornada profissional. Por que isso? Quando virei atendimento, tive a oportunidade de aplicar toda a minha experiência para me tornar um facilitador, tanto para a equipe quanto para o cliente. Eu me envolvi com os projetos a ponto de propor planejamentos, apresentar insights e coordenar diversas campanhas, da concepção à concretização. Depois de toda essa vivência, acabei assumindo o cargo de gerente de projetos, que na verdade me colocou como líder de equipe.
Por que estou falando tudo isso? Cheguei em um ponto da minha carreira em que eu não me vejo atuando em uma atividade específica. Com todas as experiências que tive, vejo que tenho uma facilidade enorme para relacionar áreas correlatas, encontrando sua aplicabilidade em projetos. Isso faz com que eu queira usar 100% da minha capacidade para conectar marcas e pessoas de forma autêntica – afinal eu sou do marketing <3. Tudo isso através da inteligência competitiva, gerando resultados. Parece bullshit, eu sei. Mas sinceramente, pelo que eu analiso, cada vez mais as ações de marketing convergem com o comportamento de consumo. E eu acredito que esse é – de verdade – um caminho sem volta, porque os dois lados só têm a ganhar.
Voltando ao meu raciocínio, independentemente de cargo ou função, quero usar meu potencial para gerar negócios. Quero aprender coisas novas, me reinventar e dar o melhor de mim a cada instante. Afinal, dizia Aristóteles, “A excelência não é um ato, mas um hábito”.
Já Rousseau dizia que “O homem transcende a sua natureza”. Ou seja, ao contrário de todos os outros seres vivos, que são regidos pelos instintos, a vida humana não tem manual. Uma frase da sabedoria popular que exprime bem isso diz que o céu é o limite. E considerando esse cenário de que a nossa vida é repleta de escolhas e que temos tanta condição de mudança, o estranho, pra mim, é se acomodar.
Clóvis de Barros costuma dizer em suas palestras que “O que caracteriza a vida é a liberdade para escolher”. O fato é que essa liberdade só existe porque os valores são complexos e resultam em diversas possibilidades. <- Por isso, tomar uma decisão nunca é fácil. Afinal, para optar entre duas possibilidades, é necessário entender o valor de cada uma. No fim, não se atribui valor sem parâmetro – e cada um toma a si mesmo como base, certo?
A questão é que o mundo muda o tempo todo e com ele é necessário se atualizar. Por isso, não dá pra fazer sempre as mesmas coisas, com medo de arriscar, improvisar e inovar. Sem coragem pra surpreender, pra fazer o que ninguém espera. No mundo corporativo, Tom Peters analisa esse tipo de postura ao dizer: “Eu não quero ser reconhecido como ‘aquele que tem razão’, nem como ‘aquele que ficou rico ou famoso, mas sim como ’aquele que era um jogador’. Em outras palavras: ele não ficou na arquibancada… vendo o mundo passar… enquanto acontecia a mais profunda mudança nas premissas básicas das últimas várias centenas (se não milhares) de anos.”.
Isso define a minha busca por crescer sempre. Eu quero sempre dar o meu melhor, porque esse é o meu perfil. E considerando que me envolvo com cada experiência para absorver ao máximo o que ela tem para me proporcionar, é coerente que com isso eu me torne um pouco mais exigente a cada instante. E no fim, acaba sendo contra a minha natureza me contentar com 20% da minha capacidade e ignorar os outros 80%. Quando eu decido mudar meus horizontes, quero que seja de cabeça e por completo – e não menos que isso.
Talvez isso soe um pouco doido para alguns de vocês, mas, no fim, eu só queria explicar mesmo a minha visão de vida. 😉
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