O que esperar das Redes Sociais em 2018
Você já deve estar cansado de ouvir que o mercado global de redes sociais tem um público cada vez mais significativo, porque a cada ano as pessoas passam mais tempo nessas mídias – seja procurando produtos, interagindo com os amigos, assistindo vídeos ou compartilhando informações. Como na semana passada fiz um post sobre hábitos de comportamento vs o mercado digital, minha ideia aqui hoje é focar mesmo no que podemos esperar das redes sociais.
O fato é que, com a quantidade de informações com que somos bombardeados todos os dias, se destacar em meio a todo mundo é um grande desafio. Com base em estudos da Euromonitor, Edelman, Hootsuite, Buzzsumo, ComScore e nos próprios pronunciamentos dos CEOs das redes, tracei cinco tendências:
1) Declínio do Alcance Orgânico
Não é novidade pra ninguém que as redes sociais precisam monetizar seu negócio e com isso, obviamente, a tendência é que cada vez mais as marcas invistam para conseguir impactar o público. Assim, destaca-se quem é mais estratégico e criativo.
2) Data Intelligence
Finalmente o mercado está começando a trabalhar mais efetivamente com o cruzamento de dados coletados na internet. Isso faz com que, consequentemente, as marcas trabalhem de uma forma mais direcionada, segura e com base no comportamento do público – o que é maravilhoso! Afinal, estão deixando de entender as redes sociais apenas como um lugar para captação de um público topo de funil.
Contra dados não há argumentos, certo? Então, use e abuse (de verdade) de todos os meios que você tiver, para mensurar as ações da sua marca de vocês. Use as métricas nativas das ferramentas, configure os pixels de conversão e o google tag manager, se você precisar trabalhar com links. Depois, acompanhe os resultados de cada ação.
3) O crescimento do mercado mobile e dos broadcasts
Hoje é muito comum as pessoas permanecerem conectadas em diversas redes por conta da facilidade de acesso que temos – graças à popularização dos smartphones. Em 2017, muitas marcas e redes sociais começaram a explorar de forma mais direcionada os diferentes formatos de vídeos. E isso, por dois fatores muito simples: as pessoas leem cada vez menos e os vídeos costumam transmitir as mensagens de forma mais rápida e direcionada. E aí entra outra questão: para ouvir a mensagem de um vídeo não necessariamente precisa assisti-lo – e com isso ele também acaba se o tornando mais atrativo.
Segundo um estudo publicado pela Buzzsumo em abril de 2017, um post com vídeo registra um alcance médio de 12,05% da audiência. Já fotos atingem 11,63%, links 7,81% e atualizações de status (só textos) apenas 4,56%.
O fato é que com a compra do Instagram pelo Facebook e a implantação do Stories em ambas as plataformas, temos encorajado cada vez mais as marcas a se tornarem broadcasters através das transmissões.
O formato de vídeo explorado principalmente no Instagram Stories com links para as lojas tem gerado cada vez mais interações – e muitas marcas afirmam conquistar bons resultados com esse tipo de estratégia.
Uma prova disso é o @PhoneSwap (canal que é como se fosse um programa de TV via Snapchat possui uma audiência de 10 milhões de visualizações por episódio). E muita gente aí ainda acha que o Snapchat morreu! Bom, na verdade, ele ainda é um aplicativo muito utilizado pelos millennials.
Além do Snap, o Youtube divulgou também que, em 2017, os usuários passaram mais de 100 milhões de horas assistindo vídeos todos os dias. Uma pesquisa da L2 descobriu que o Youtube recebe 54% de visualizações a mais do que o Facebook. Porém o Facebook ainda apresenta o maior índice de interações. <- Dependendo do objetivo da sua campanha e das metas que você precisa atingir, aqui tem um bom palpite de direcionamento.
4) Gente como a gente
O conceito de celebridades como endossantes das marcas tem caído significativamente e agora é cada vez mais comum vermos influencers fazendo esse papel. Quando as marcas investem em personalidades que possuem sinergia com elas, inserindo os produtos dentro de um contexto naturalmente possível, o público tende a confiar que aquela recomendação é genuína <- Esse é o grande desafio que muitas marcas enfrentavam ao trabalhar com celebridades. Quantas vezes você já ouviu comentários como: “Até parece que o fulano cozinha na casa dele e agora tá aí querendo me vender isso”.
Um estudo conduzido pela Edelman globalmente afirma que 50% dos entrevistados costumam acreditar mais em indivíduos do que em empresas e instituições. E que obviamente os canais oficiais da marca nas redes sociais são mais confiáveis do que os anúncios em si.
5) Robôs
Essa é uma grande aposta deste ano: a popularização da utilização de chatbots para agilizar e facilitar processos, atendendo potenciais clientes e sanando suas possíveis dúvidas.
Em 2017 o Facebook adquiriu a startup Ozlo para ajudar a transformar o Messenger em um assistente personalizado, utilizando inteligência artificial para dar sugestões aos usuários com base em suas conversas privadas. A ideia é que o Messenger permita que você agende um Uber, envie dinheiro a um amigo e até mesmo recomende serviços com base no que falar. Na visão do Facebook – embora pareça um tanto quanto pretensioso – a ideia é que as pessoas associem cada vez mais a rede social como um facilitador essencial para a vida delas. É mais ou menos a mesma relação que temos com o Google hoje – de não conseguirmos imaginar a vida antes dele.
Voltando para os robôs, a Levis, por exemplo, tem usado um chatbot no Facebook intitulado de “Virtual Stylist”, que ajuda os clientes a decidirem o modelo ideal de jeans.
O TGI Fridays também desenvolveu um chatbot para o Messenger, Twitter e até para Amazon Alexa configurando as principais dúvidas enviadas à fan page para ajudar os consumidores a encontrarem rapidamente uma solução – seja ela sobre reservas, localização das unidades, cardápio, etc.
Mas o que de fato os CEOs das mídias sociais estão prevendo para 2018?
- Facebook: com mais de 2 bilhões de usuários e 70 milhões de marcas cadastradas no Facebook, o grande desafio deste ano é monetizar ainda mais a ferramenta.
Os vídeos reproduzidos por dispositivos mobile foram o grande destaque de 2017. Portanto, o Facebook pretende continuar focando nesse formato e encorajando as marcas a fazerem cada vez mais anúncios explorando esse material.
Outro formato que o Facebook pretende explorar mais este ano é a publicidade via Messenger.
Mari Smith recomenda que as marcas comecem a produzir vídeos curtos (de 6-15 segundos) para inserir nos breaks dos vídeos divulgados diariamente no Facebook através da plataforma de anúncios. Segundo ela, as lives também tem feito muito sucesso na rede social e representam um grande potencial.
Entre os formatos de anúncios, o carrossel e o canvas também foram um sucesso em 2017. 🙂
Lembrando que explorar esses formatos de conteúdo na verdade são táticas que precisam ser combinadas com outras para potencializar a estratégia de divulgação das marcas.
- YouTube: a receita do Google cresceu 27% em 2017, graças aos investimentos em vídeos mobile. Com mais de 1.6 bilhões de usuários e um mercado em expansão, o YouTube investirá cada vez mais em transmissões ao vivo e nos vlogs parceiros, direcionando seus investimentos na TV social – incentivando o compartilhamento de conteúdo de grandes emissoras via YouTube.
- Snapchat: o Snapchat está buscando um meio para monetizar a rede, assim como todas as outras plataformas. Então provavelmente veremos algumas marcas explorando mais as possibilidades de fazer anúncios.
- LinkedIn: o LinkedIn tem mais de 530 milhões de pessoas cadastradas. Como muitos devem ter percebido, tem investido bastante em geradores de conteúdo que utilizam o Pulse como plataforma de texto – uma tática semelhante ao que o YouTube faz com canais que têm muitos inscritos e views. No caso do LinkedIn os influencers são conhecidos como “voices” mas a lógica é basicamente a mesma. Em 2018 o foco do LinkedIn estará no desenvolvimento de novas ferramentas agregadoras à plataforma e também no incentivo à criação de vídeos – já que essa é uma grande tendência setada pro ano.
- Instagram: o Instagram registrou um crescimento de 200 milhões de novos usuários em 2017. O Instagram Stories, que hoje está em voga, conta com 250 milhões de atualizações diárias.
- Twitter: em 2018 o Twitter também visa investir em estratégias para divulgação de vídeos, já que esta é uma tendência setada por diversas pesquisas – e também por influência do sucesso do Insta Stories. Como o Twitter é muito utilizado para divulgação de notícias em real time, esse formato multimídia apresenta um grande potencial.
- Pinterest: o Pinterest acredita que o futuro das pesquisas está em relacionar imagens com palavras-chave. Esse é um dos motivos da rede social estar investindo e desenvolvendo ferramentas de anúncios.
E aí, como será a atuação da sua marca nas redes sociais este ano? 😉
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